2 de nov. de 2011

Na Câmara de Guarapuava, só o circo


O cenário é bastante claro e o restante, conversa fiada: a sessão desta segunda-feira, 31, da Câmara de Vereadores acabou se tornando um fiasco para o Parlamento local, com vereadores respeitáveis lavando as mãos, vereadores sob suspeita absolutamente calados (a expressão de Sadi Federle dizia tudo) e vereadores amorfos sendo... amorfos. Não fosse isso o suficiente, um não soube nem debater com a plateia (Gilson Amaral), outro conseguiu ser vaiado ao extremo (Elcio Melhem) e terceiro (integrante do rol de investigados, João Napoleão) presidindo a sessão – fato que talvez tenha sido o acontecimento mais escandaloso da tarde, muito mais do que o inexplicável chilique que o próprio Napoleão teve para com a colega Eva.
Foram 60 minutos vergonhosos. Melhem comparou Admir Strechar (o vereador detido) a Jesus Cristo. Não bastasse ter encarnado o papel de Pôncio Pilatos, ainda aconselhou Napoleão a abrir as portas do Legislativo para o público que estava lá fora – fazendo preencher o auditório para bem além da sua capacidade, o que contraria qualquer regra de segurança (aliás, onde estava o comando da PM naquele momento, que permitiu isso?). A PM, ao final, teve a patética atitude de postar uma linha de policiais para isolar os vereadores do restante da população, quando a dispersão já havia ocorrido. Vai entender: concordância para com um auditório lotado e firmeza na hora de proteger os parlamentares (como se alguém fosse tentar algo...).
Sobre a Roma Antiga, há quem diga que um dos Césares dava pão e circo à população. Na Câmara de Guarapuava, boa parte dos vereadores só oferta o circo.  

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