30 de set. de 2011

Me caiu os butiás do bolso IV: Guarapuava fica de fora

Um leitor atento e fiel de Circulando cantou a pedra: Guarapuava não sediará nenhuma das conferências regionais sobre Trabalho e Emprego Decente, que acontecem agora em outubro - em Cascavel, Maringá, Londrina, Curitiba e Ponta Grossa. Estes encontros publicos são preparatórios à etapa estadual e à etapa nacional (2012, em Brasília). 

Se quiser participar, Guarapuava terá de ir a reboque de Ponta Grossa, onde ocorrerá a regional Centro-Sul. Os deputados estaduais e demais lideranças do município, como diz o jargão, comeram bola. Feio. Claro que muitos vão dizer que pode se tratar de uma visão bairrista esta de querer alocar em Guarapuava um dos encontros mas, para uma cidade que passa pelo melhor momento econômico de sua vida (na interpretação do prefeito de Ponta Grossa, Fernando Carli), ir a reboque não é nada bom. 

O fato é que, descontando os delírios do prefeito de Ponta Grossa (e de seus asseclas), a economia local merece atenção: poucas horas atrás, vi uma excelente apresentação de uma administradora que mora em Guarapuava informando que a cidade tem 115 empresas atuando no setor da madeira e que, enquanto o mundo se volta cada vez com mais força para o MDF, a cadeia produtiva local é especializada em compensados. Ou seja, o cenário para os próximos anos, neste segmento, parece não ser nada, nada, nada bom para o empresariado local.

Não bastasse isso, a Secretaria de Turismo de Guarapuava (a inoperante Secretaria de Turismo, aliás) anunciou solenemente esta semana que não consegue administrar o Parque do Jordão, um lugar em franca degradação. Tal qual o Leão da Montanha (lembram deste desenho animado?), o titular da pasta saiu candidamente pela direita: neste caso, a saída está em Brasília, onde o sujeito quer ir arrumar dinheiro. Fácil assim.

Enfim, enquanto certas cidades e lideranças assumem com coragem e excelência seus papéis, anoitece em certas regiões...



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